Mais um Vasco x Fluminense e mais um empate, o clássico que em tempos passados era sinônimo de vitória tricolor desde da década de 90 vinha sendo a alegria cruzmaltina. No entanto não dá pra negar que nos anos 2000 o empate tem sido o placar mais frequente. Ontem não foi diferente. De um lado o Fluminense Líder do campeonato, do outro, o outrora candidato ao rebaixamento, Vasco da Gama com seu quarteto de medalhões e com um invicto PC Gusmão. Casa cheia, recorde de público, 4 gols e a sensação de que poderia ter sido melhor deixou o maracanã na cabeça das duas torcidas.
O time das Laranjeiras tem tido tanto azar quando enfrenta o Gigante da Colina que a bola do jogo, que caprichosamente se ofereceu ao estreiante Deco aos 40 minutos do segundo tempo, quase virou de lado nos pés de Carlos Alberto no último minuto. Aliás, Carlos Alberto finalmente apareceu em 2010, foi o senhor do meio campo, não havia um lance de seu time que não levasse seu carimbo, e assim ele fez por duas vezes de forma mortal, Eder Luís e Fágner que o digam. Do outro lado mais uma vez o Conca sucumbiu a marcação em um grande jogo, uma bela cobrança de córner que resultou no gol de Gun, um chute por cima logo em seguida e ninguém mais viu o argentino no Maracanã. Antes do final do jogo ainda foi possível ver Felipe numa mistura de soberba e retribuição a sua dívida com o Flu entregar o "ouro", com a colaboração de Zé Roberto, e permitir que Júlio Cesar exorcizasse seus fantasmas e empatasse o jogão. Agora sim, com um ponto pra cada lado e 80mil pessoas sem maiores traumas era possível por fim ao espetáculo e permitir que o "Maior do Mundo", o Mário Filho, fechasse seus portões para obras de forma digna e inesquecível. 
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